30/07/10

Ando com uma febre ligeira de cansaço. É tudo uma armadilha rasteira que se afronta num calcanhar pouco firme e forte. A alma rebenta de raiva porque tudo pode ser fingido menos a tristeza. Essa que se tenta esconder quando as pessoas estão de perto e nos vêm os olhos limpos. A lamentação ainda é mais fraca do que a pena ou a ironia de um comentário pouco convincente, de um alerta a um ombro 'amigo' mas desequilibrado, que tanto pode estar presente hoje como amanhã desleixa-se e deixa-se. Não consigo adivinhar momentos que ainda não aconteceram, nem o desejaria pela desilusão de muitos antecedentes. A verdade, é que a maior preocupação de alguns que conheço é ter um grupo grande, de muita gente, reboliço intenso, confusão e barulho. Só é importante sorrir enquanto se está na rua, com o seu cigarro na mão, o café na outra e quando uma delas está livre, o telemóvel na outra. Arrepia-me a insensibilidade. Ou não. Dá-me náuseas quando não sabem distinguir os verdadeiros dos que os acompanham numa curta metragem de 1000 mensagens por dia e 1000 desabafos e confissões mas que depois quando se precisa, aí, vê-se que mais vale um gesto do que tanta palavra bonita junta que se esquece e desgasta com o tempo.

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