28/02/10

Um mundo desequilibrado em forma de deserto. Onde o problema já não reside na tua morada. Da tua rua atravesso-a mil vezes em sonhos meio esquecidos por quebra de memória que de tão leve e sombria, choca! Abate o abraço, reforça a ternura e examina a bravura. Mas a verdade, aprende-se. Nesta troca e baldroca de conhecimentos onde a plena ilusão assume o perfeito e a importância em escala infinita. O ser humano, é pequeno. Por pequeno dá-se a força daquilo que é grande, onde a grandeza o torna minúsculo e sem significado. Até lá, só o sentimento consegue ter a maioritária espontaneidade nos diferentes sexos. Opostos e igualitários em dois sentidos. Futuramente, os actos inconscientes terminaram e a mágoa afoga o silêncio num rodopio de coligações. A vida é assim. Sem mais nem menos. Com gestos, palavras que vão e vêm e podem mesmo nem virem, nem voltarem. Do muito que se acha o sofrimento já não é uma escolha mas uma razão de substituição do azar pela sorte. Começa, aqui. Num virar de páginas resumidamente escritas e rasgadas. Um beijo que aquece o coração frio que chorou durante tempos que foram interrompidos. Agora, sorri enquanto pode antes que fuja o certo que é a felicidade em torno de um circulo pesado que não se deixa partir. A loucura, encaminha muitas das vezes os estados de espíritos, a forma como se descobre e se vive um dia, o aso que se dá a coisas não ditas e feitas por menos determinação e luta. Esta sim tem começo mas ainda não achei o seu fim. São sons, melodias que se cruzam por gostos compostos aleatoriamente sem se saber. Um amor, por te ter, por não te querer perder. Enquanto te tenho, deixa-me desfrutar dos momentos que em ti encontro a cada borboleta que voa sem limite!

23/02/10

Três jogadas bem grandes e voadoras. 1'primeiro:Volta 2'segundo:Depressa 3'terceiro:para Mim Confunde-me a intensidade que um grito provoca nas acções pensativas que se toma, certas ou erradas, um ou outro, falecem. Neste instante sucede-se aos dois...e desaparecem num rasgo do céu para o inferno.

21/02/10

De JM: ''O amor antes de ti não era nada, zero, algo desconhecido para os fracos, algo de que ao mesmo tempo tinha medo e por outro ignorava, sempre tive o que quis e sempre tive certezas e era assim que ia vivendo, numa monotonia sem surpresas, vendo as outras pessoas sofrer por causa desse bicho papão e achando-me superior a isso tudo, totalmente invulnerável. Até que um dia tudo mudou, sem nenhum dos dois sabermos. Começou com as primeiras palavras que me dirigiste “já viste o que temos que aturar?” quando disseste isso nunca ninguém pensou no que estava prestes a acontecer, nem nós nem o casalinho de quem estávamos a tomar conta. Quando te mandei a primeira mensagem, já tendo em mente que podias não responder e que se o fizesses pudéssemos ficar sem assunto após algum tempo, mas não foi o que aconteceu. Pela primeira vez ficava sem saber o que dizer, ficava estranho, com medo de dizer alguma coisa que pudesse ter outro significado e isto foi-se acentuando, muitas vezes ficava sem palavras e com receio de responder e de repente deixei de ser invencível, começei a estar exposto, exposto a ti vi que tu eras diferente que nunca ninguém tinha tido aquele efeito em mim, mas não te o disse, guardei-o para mim como gosto de fazer mas mais uma vez tu mudaste-me e fizeste-me admitir o que nunca admiti a ninguém. Tinhas “passado para outro patamar” que estavas mais alto, mais alto do que qualquer outra pessoa alguma vez esteve na minha vida e a cada dia que passava continuavas a subir mais, a mudar tudo, a fazer me feliz e triste ao mesmo tempo, a fazer me sentir tudo o que há para sentir numa vida inteira em apenas um segundo, e só tu é que eras capaz de me pôr assim de me fazer passar para o lado dos “fracos” de me fazer estar viciado em alguém, tão viciado que passei a não ver mais nada à frente, passei a viver para ti, em função de ti. Tornaste-te tão importante que sem ti deixa tudo de ter sentido, nada está completo enquanto eu não souber que no fim vais lá estar, passámos por muito mas de certeza que vamos passar por muito mais porque isto não acontece todos os dias nem devia acontecer, é impossível, mas tu fizeste com que acontecesse e o impossível continua a acontecer todos os dias apesar de tudo, continua a fazê-lo minha (..)''
O tempo, que tudo promete ao esquecimento.
São a junção dos nervos com os suores frios que apertam e que pela geada da manhã um café quente e um cigarro auxiliam os corpos a lançarem-se pela luz do dia a dentro.
Não me lembro de nunca me esquecer de ti.

17/02/10

Todos os grandes amores são invariavelmente trágicos, porque quem ama muito sofre sempre mais, como se amar mais implicasse sempre angústia, quer enquanto o vivemos plenamente e sentimos que o podemos perder, quer depois do amor, quando não queremos e nem sequer sabemos como encarar os dias. Há quem descreva o fim de um grande amor como uma derrocada, porque a sensação de não ficar pedra sobre pedra é a mais comum. É o medo que nos faz avançar, atacamos para não sermos atacados, enquanto lambemos as feridas na caverna. As mulheres choram com as amigas, os homens magoados embebedam-se e desenvolvem mecanismos de evasão fácil: a noite é propícia a equívocos e encontrões sexuais, o álcool e a droga emprestam uma sensação de leveza e amanhã é outro dia.