28/09/09

Lição número (um): não pensar
Lição número (dois): não olhar
Lição número (três): não agir pensando no bem dito cujo. (coração)
Foi um dia com menos escuridão que qualquer outro céu que pode avaiar numa noite de lua cheia; em firmamentos ocasionais numa imagem restrita à imobilidade dos sons acústicos. Tenho dois amores viajantes. Percorrem mundos ínfimos e não se escapam ás correntes mais fortes, ás chuvas mais brandas aos ventos mais lestes. Mesmo assim, fico com o coração apertado cada vez que partem, se voltam a vir ou não. Na primeira regra ‘’não pensar’’ é improvável cumprir. As paredes estão cobertas e tu: meu primeiro mentiroso-amor deixas-te de retractar um canto que em tempos foi teu. Ao acaso, as ribanceiras rejuvenescem num diferente propagar das voltas e das voltas que se tornam habituais. O ofegante ar que respiras às rejeitadas ideias do subconsciente. Uma roda viva. Uma corda que te vence entre outros perdedores. De repente a meio do passeio (aquele lugar exaustivo trouxe-me ao mundo exterior) deparas-te com o maior receio que te assombra, um passo atrás, mas, aí, vês os delirantes pensamentos quebrarem a segunda norma marcada ‘’não olhar’’. Um dia destes, já não me lembro qual, parece que tinhas regressado da tua viagem de longos meses mas no fim, lá foste tu de novo como quem vai e não deseja uma vinda. Se pudesse, também pediria um bilhete para a Lua ou para Marte e não voltava. Com tantas contrariedades a ausência afoga o recanto do lugar que mais abriga estes vagos pensamentos (é sempre o pensamento que comanda o cérebro). Conta os 7 dias da semana, a quantas horas andas, e sabes que naquela altura avistas o ‘’para sempre’’: reconhecer as peças de roupa, o cabelo meio despenteado, os gestos desajeitados, as calças para baixo, o mesmo andar de sempre e os risos do costume. Mas, por muitas razões isso vai-se tornando habitual porque a transparência é a forma como tu te sabes defender melhor. As metáforas formam-se desta maneira são supérfulas e são tudo menos que um corta mato à espera da partida da chegada do primeiro e do último.
As verdades não se somam na qual possas receber umas vibrações em que possas deturpar o estranho tempo.
E por fim, só cumpres a última lição: não ages, és imóvel ao teu eterno pensar ao teu não olhar e não agir.

E só percebes a quanto tempo equivale a eternidade quando já nada podes fazer.

10/09/09

goodbye mrs.duplicity