25/06/10

O meu sexto sentido nunca me consegue enganar. Principalmente, quando me atenua numa espécie de aviso. Há dias assim. Dias em que o arrependimento percorre meia concentração de pensamentos ao desvaneio. Fica tudo simples e cheio. E os teus braços já não me pertencem. Percorrem o corpo por inteiro a parte mais fraca, procura uma vitima que o possa transportar numa correria. As palavras, sempre tão vulgares e fáceis de dizer. Essas que se antecipam sem qualquer reflexão. Um comando que liga e desliga na sua maior pilha desgastada. Há vulgarmente o ponto de partida por onde se parte primeiro, uma voz que não se cala mas que pede silêncio e aí o que está por detrás desses mandamentos fortes e de pouco bom senso atropelam de uma vez só. Não existe nada que possa dizer que tudo é mais resistente que as próprias vontades. Elas existiram, se foi, é. Ou tomaram um lugar de esquecimento ou formaram maneira de se encontrar numa outra altura em que o hoje esteja tremido. E de passados e presentes tremidos, não há barriga para mais.

5 comentários:

  1. Gostei imenso do teu blog, e deste texto também(:
    *Beijinho.

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  2. Mas o meu não está nada comparado ao teu.
    O teu tem bem mais qualidade(:

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  3. "E de passados e presentes tremidos, não há barriga para mais." não poderia concordar mais!

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