22/03/10

A brisa esfria pela manhã. O copo vazio em mesa cheia, procura o caos. É a ilusão da concentração de mil olhares a um só. Com os teus passos exclusivos, aí por de frente do que trava por de trás das minhas costas e, o frio, aquece. Sabem tantos, os que assistiram àquele cenário passageiro, de muito (amor) tinha, servindo-se, num auto-retrato mal empregue, mas recompensador. Caiu em esquecimento. A memória é fraca. Só te peço nem venhas, com esse teu ar meio estranbulhado e voador da vida, como quer para além do que é real, e fala do que é preciso falar da arte de falar por excluir o que é saber gritar. É indiscutível. É plausível, o justo dos pecadores, do que é injusto daqueles que, inspeccionam a mentira dos contratempos. Infiltrados por questões mal tratadas. Mas já não serve de muito, senão de nada mesmo. Como é que estas simples palavras: sim e não, podem traduzir uma importância que abrange mais do é de esperar ? Depois, vêm os porquês. As crises existenciais e a falta de segurança. É relevante ? Talvez, traga algo de novo, uma surpresa ou uma novidade que dê encaminhamento neste processo de palmo e meio. Ou não. Sim, era esse o desejo mais profundo. Mas, porquê querer mais do que àquilo que se tem ? Desfrutar do prazer mais maligno mas falacioso e intermitente, causa danos. São restos. Formas esquemáticas de esquecer episódios. Fingir que a nossa capacidade para sermos fortes é mais do que a de o amigo, sofrendo também por exclusão de partes. Que’s e mais que’s. Quando tudo acabar, faço isto e mais o que me vier à cabeça e serei aquela. Meto-me dentro de um avião, e só verei nuvem e mar debaixo do meu olho. Sonhos, não passam disso mesmo. De cenas figurantes, desenhadas no hipotálamo, é tudo psicológico. De repente, ‘’Acorda, Sara! Já tocou’’ e lá vamos nós para mais uma sesta de noventa minutos encaixada nos braços até voltar a adormecer.

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